Doping estranho nos Jogos
Paralímpicos
O doping paralímpico parece estranho, mas é
explicado pela ciência. Enquanto os atletas sem deficiências aumentam a pressão
arterial normalmente com exercícios, atletas com lesões na medula espinhal não
conseguem ter o mesmo resultado e acelerar o batimento cardíaco. Portanto, este
tipo de doping faz muita diferença, permitindo que o corpo aguente mais
treinamentos e fique mais preparado para conquistar medalhas.
"Eu tentei de muitas maneiras fazer isso. Você
pode deixar sua bexiga encher, basicamente não indo ao banheiro por horas e
deixando a dor da sua bexiga agir sobre seu corpo. Algumas pessoas enchem a
bexiga através de um cateter para o estímulo vir mais rapidamente - é o mais
comum - e você pode rapidamente se livrar da dor após o estímulo deixando a
urina escorrer por ali", revelou o alpinista tetraplégico Brad Zdanivsky,
do Canadá.
"Já fui mais fundo e usei estímulos elétricos
nos dedos dos pés, na perna e até mesmo nos testículos", completou
Zdanivsky. A prática, além de ser perigosa para a saúde, é ilegal desde 1994, e
os testes são feitos antes das competições. Porém, nada impede que o paratleta
prepare seu corpo nos treinamentos utilizando esta forma de doping, que
desaparece algumas horas depois.